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(Des)liberdade

  • Foto do escritor: Liliana Silva
    Liliana Silva
  • 5 de mar. de 2021
  • 2 min de leitura

Liberdade é, para mim, um conceito difícil de definir, tão simples, mas ao mesmo tempo tão ambíguo. Aliás, é algo que me tem intrigado bastante nos últimos tempos. Segundo o website Infopédia, esta palavra pode ser vagamente descrita como “o direito que qualquer cidadão tem de agir sem coerção ou impedimento, segundo a sua vontade, desde que dentro dos limites da lei”. Ligeiramente paradoxal, certo?

A própria liberdade, o ser livre, é ele próprio condicionado, constituindo quase que uma piada existencial. Na teoria podemos fazer tudo o que a nossa mente nos ditar, desde que esteja escrito numa alínea qualquer da Constituição do Estado a quem somos submissos. Se não o fizermos teremos de enfrentar as consequências, tal como em tudo na vida. Por exemplo, se agora me der na cabeça ingressar numa comunidade Hippie e desistir da faculdade, posso fazê-lo. Se terei consequências? Obviamente que sim. Se me apetecer matar alguém, o que claramente é uma hipótese horrível e desumana de se ponderar, posso fazê-lo. Porém, terei uma consequência e também estarei a aniquilar o direito à vida dessa pessoa e, assim, a oportunidade dela exercer a sua liberdade individual.

Então, será plausível de afirmar que a minha liberdade deve acabar onde começa a do outro, não faças ao outro o que não gostarias que te fizessem a ti. Isto joga bastante com os limites estabelecidos para o politicamente correto e incorreto, que oscilam imenso consoante os nossos ideais e dos grupos em que estamos inseridos, daí a necessidade de implementar um conjunto de leis “universais”.

Agora se essa amálgama de direitos e deveres está, efetivamente, bem estruturada ou se nos molda e restringe demasiado, é subjetivo. *Inserir opinião de quem está a ler* No entanto, independentemente da nossa perspetiva e da realidade que experienciamos, devemos estar num constante estado de alerta e de luta para garantir que a liberdade, pelo menos como a conhecemos num país democrático, não entre em ruptura, como ocorre, infelizmente, em muitos pontos do mundo.

Afinal de contas, vivemos numa sociedade que tende a ser cada vez mais polarizada, com opiniões mais radicais e extremistas, e assusta-me pensar que se as ideias de alguns indivíduos forem avante posso vir a perder o meu direito de teclar o que me vai na alma. Ter a mesma “sorte” que rapper Pablo Hasél… Por isso, meus caros leitores, acautelem-se do que fazem, em quem votam, porque o “Big Brother is watching you” e o meu único desejo é que o universo nos afaste do caminho distópico que o George Orwell retratou no livro 1984.


Que a liberdade prevaleça, acima de tudo!


Cumprimentos embuchados,

Lili das Buchas.


ree

Ilustração - Daniela Homem (Instagram - @artes_da_homem)

 
 
 

2 comentários


carolina.silva.243509
carolina.silva.243509
28 de jun. de 2021

aff tenho preguiça de ler so se fala de nha naha secaaaaaa

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catarina.paulino.17
catarina.paulino.17
06 de mar. de 2021

Adorei o texto. É sempre bom refletir em temas tão vastos quanto este. Só estou reticente quanto à referência a Pablo Hasel... pois não me parece que esteja a ser condenado contra a liberdade de expressão mas por outros assuntos (terei de me informar melhor). De qualquer forma, muitos parabéns! Continuarei a acompanhar o blog, sem dúvida.

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